O GRUPO DE APOIO AOS MENINOS DE RUA – GAMR é uma Organização Não-Governamental, com fins não econômicos, situada no Bairro do Cruzeiro, na cidade de Gravatá-PE. A entidade iniciou-se em 1989, no Centro Social Urbano de Gravatá (órgão do governo do Estado de Pernambuco, para atendimento à população carente) dando atendimento, na ocasião, a crianças do Bairro do Jucá, mas só em 08 de agosto de 1991, obteve a personalidade jurídica.

Em 1992, após uma grande campanha de mobilização popular, foi construída no Bairro do Alto do Cruzeiro a sua sede própria. Com a sede própria conseguiu-se efetivar os principais objetivos da entidade, atraindo meninos e meninas de rua, na faixa etária de 04 a 18 anos, que viviam nas ruas da cidade e, levando-os sistematicamente a acreditar numa possibilidade de melhoria e crescimento individual, longe dos vícios e livres das drogas.

O GAMR atende, então, crianças e adolescentes em situação de extremo risco social, que apesar de terem família e residência, não encontram apoio afetivo, educacional e econômico ideal. A desestruturação familiar repercute diretamente na sua vida social. Frequentemente são expulsos da escola, por não se adequarem aos métodos tradicionais de ensino e, assim, ficam à margem da sociedade. A rua, então se lhes apresenta como uma válvula de escape, onde podem buscar a liberdade, a sobrevivência e a autoafirmação. Neste contexto estarão expostos a toda espécie de risco – desde pequenos furtos até o tráfico de drogas.

O GAMR surge, então, como uma alternativa de vida! Com uma proposta diferente das instituições convencionais: educar através da arte e da cultura, onde cada indivíduo é levado a perceber que pode – e deve – trabalhar pelo seu próprio crescimento e colaborar com a sociedade. É a única entidade na cidade que atende a crianças e adolescentes em situação de extremo risco social (situação de rua).

O GRUPO DE APOIO AOS MENINOS DE RUA desenvolveu ao longo de sua existência diversas atividades, visando sempre seus objetivos, tendo o orgulho de tê-los alcançado sob a égide da dignidade e do respeito.

Mas foi a partir do ano 2000, que o GAMR deu seu maior salto, com a criação do grupo de Maracatu “Sol do GAMR” e da Banda de Pífano “Mestre Librina”. Outros projetos culturais lhes sucederam como o Grupo de “Dança Popular do GAMR” e o Grupo de Teatro “Espalha Fatos”, de maneira que o GAMR, hoje, é uma forte expressão de cultura, em Gravatá e região.

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Após 29 anos de convívio diário com os meninos de rua, pôde-se adquirir uma significativa experiência e a sensibilidade necessária para administrar um “processo de libertação”. O GAMR conquistou da sociedade gravataense o respeito para com as pessoas que atende. Atualmente são atendidos, em regime sócio-educativo em meio aberto, 60 (sessenta) educandos, oriundos de famílias das comunidades do Riacho do Mel, Cruzeiro e Bairro Novo.

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